Discriminação contra LGBTQ+ ainda é grande no mercado de trabalho
Matéria do Portal Mundo RH feita em parceria com a Heach.
É inegável que existe e está acontecendo um processo de evolução no mundo empresarial, e 93% das empresas que estão inscritas no Fortune 500 apresentam políticas de não discriminação que incluem orientação sexual, além disso 65% incluem benefícios para os transgêneros.
Outro ponto importante a se destacar é que mais que 70 países proíbem a discriminação no emprego por causa da orientação sexual, incluindo EUA, França, Alemanha, Holanda, Suíça e Reino Unido e Brasil. Parece um enorme avanço, mas há uma longa trilha a ser percorrida, porque , a maioria dos países ainda não oferece proteção legal para funcionários LGBTQ+.
A Heach Recursos Humanos realizou uma pesquisa com mais de 300 candidatos LGBTQ+ e descobriu que um quarto dos participantes relata ter sofrido, em pleno ano de 2020, algum tipo de discriminação com base na orientação sexual ou identidade de gênero ao se candidatar á uma vaga de emprego. E não para por aí.
A pesquisa também mostra que 75% dos funcionários LGBTQ+. ouviram piadas de lésbicas e gays no trabalho, enquanto 37% ouviram piadas bissexuais e 41% ouviram piadas de transgêneros. Outro dado interessante é que 20% dos trabalhadores relatam sentir exaustos por gastar tempo tendo que ocultar a sua identidade sexual.
“55% dos entrevistados relataram estar mais propensos a permanecer numa empresa com políticas de inclusão bem definidas, do que trocar de emprego para um local onde serão desrespeitados, ainda que com salários e benefícios maiores”, comenta Elcio Paulo Teixeira, CEO da Heach Recursos Humanos.
Outra informação que chama a atenção é que menos que 1% dos líderes são abertamente LGBTQ+. Na lista da Fortune 500, apenas 0,3% se declaram sem nenhum problema e medo.
Segundo o CEO, empresas inteligentes possuem políticas de inclusão e diversidade bem definidas e tratam isso como diferencial competitivo para o sucesso do negócio, afinal onde há um ambiente de respeito mútuo e abertura para o diálogo, as diferenças podem ser somadas para gerar perspectivas infinitas para qualquer negócio. “Nesse sentido, tratar a inclusão demográfica e cognitiva como diferencial estratégico, deve ser uma prioridade para Gestores e RH”, finaliza Elcio Paulo Teixeira.